quarta-feira, 24 de junho de 2009

Deixo aqui a indicação de um livro.

O Futuro da Humanidade fala sobre a trajetória de Marco Polo, um jovem estudante de medicina que ao entrar na faculdade cheio de sonhos e expectativas, fica chocado ao encontrar, em sua primeira aula de anatomia, a triste cena de corpos sem identificação, estendidos sobre o mármore branco. O Jovem calouro de medicina não consegue aceitar a frieza com que os professores se referem aos corpos, dizendo que ali a identidade não importa, que aqueles corpos não têm nome, são mendigos encontrados mortos na rua sem identidade. Revoltado com a situação, Marco Pólo sai à procura de informações sobre esses personagens aparentemente sem passado, e nessa jornada encontra o excêntrico Falcão, um mendigo que conhece a fundo a mente humana. Apesar da difícil situação em que vive, com seus sonhos frustrados, futuro desfeito e esperanças perdidas, Falcão recupera a sua alegria inata ao conviver com o jovem sonhador.
Surge uma amizade entre os dois personagens, a identidade de um dos corpos mutilados nas aulas de anatomia é revelada por Falcão como um ilustre cientista médico que num acidente havia perdido toda a família e a partir daí tinha deixado sua carreira e se tornado um mendigo que terminou morrendo no anonimato. A revelação cai com uma bomba na faculdade onde o atual professor só então percebe a semelhança dos traços do corpo inerte com o antigo fundador daquela universidade. Anos depois, Marco Pólo já recém formado em Psiquiatria, estimulado pelo amigo enfrenta uma grande batalha contra professores e médicos de renome internacional, tentando mudar a abordagem clássica da psiquiatria e os paradigmas da medicina. Ele desafia profissionais de renome para provar que os pacientes com problemas psiquiátricos merecem mais atenção, respeito e dedicação – e menos remédios. Ele utiliza a força do diálogo e da psicologia, e acaba causando uma verdadeira revolução nas mentes e nos corações das pessoas com quem convive. Esse livro representa a luta contra as injustiças e a força de um jovem corajoso, dotado de uma imensa paixão pela vida e pelas pessoas. O Futuro da Humanidade nos leva a uma fascinante viagem pelo mundo da psicologia. Sua linguagem é clara, seus conceitos apresentados de forma simples, nos fazem refletir sobre o rumo que a sociedade está tomando.
O Futuro da Humanidade
Augusto Cury

segunda-feira, 22 de junho de 2009

SE PRECISAR, USE PALAVRAS!



Numa Olimpíada, ninguém se atreve a fazer um exercício ou a disputar uma prova, sem que tenha treinado muito, até quase à loucura; e, então, e somente então, tal pessoa se atreverá a expor-se ante o mundo, pois, pode até não ser o melhor, mas, com certeza, sabe o que diz saber, por isso, atreve-se a demonstrar.

As realidades relativas ao abstrato, no entanto, como somente pela prática existencial da vida podem ser demonstradas, carregam a tentação de que se prescinda da prática, a qual pode ser camuflada por linguagem e imagem. Afinal, na boca e no papel cabem quaisquer irrealidades.

Não é assim na Olimpíada. Lá, ou a pessoa sabe para demonstrar, ou, então, fica calada; quer dizer: quieta.

Não vale competir com discurso. Na Olimpíada o discurso é o ato, não a fala.

Para Jesus assim era também. Ele diz que quem desejar saber se algo de Deus é verdade ou não, então, que pratique.

De outro modo, diz Ele, tal pessoa, por mais que se “informe sobre o Evangelho”, jamais saberá nada; pois, em Deus, no Caminho, na Verdade e na Vida, só é verdade aquilo que se prova como verdade; visto que a verdade não é para ser discutida e nem discursada, mas vivida. Do contrário não se tem nenhum outro modo de conhecê-la e de evidenciá-la.

A Religião, todavia, como existe do discurso e dos arrazoados, criou a categoria dos que sabem de Deus, por haverem estudado Deus, e, por tal razão, estarem supostamente preparados para falar de Deus; e, em Seu nome, ensinar como as pessoas devem ser e se comportar.

Jesus, no entanto, nunca chamou ninguém porque a pessoa falasse bem, mas, apenas, porque tal pessoa desejasse ou não viver e encarnar a Palavra na qual dizia crer.

No Evangelho o homem é o que ele come.

Se comer a Palavra, ela se fará vida nele. Se não comer, mesmo que leia a Bíblia diariamente, nada será verdade nele, ainda que ele entenda o suficiente para ensinar a outros.

É simples assim!

É como na Olimpíada: quem sabe, prova; quem não sabe, assiste, embora tenha muitas opiniões.

Pr. Caio Fabio

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Louvor e Adoração



Normalmente não fazemos muita distinção entre louvar e adorar a Deus. Para nós essas palavras têm o mesmo sentido.Mas observando a maneira como são empregadas na Palavra de Deus, podemos perceber que muitas vezes são empregadas ao mesmo tempo: Louvai e adorai ao Senhor, louve e exalte o seu santo nome....Isso é porque nos textos originais são palavras diferentes que expressam significados que são muito importantes para nós.As palavras para louvor vêm do hebraico hãlal, que significa fazer ruído, yãdhâ que está associada às ações e gestos corporais que acompanham o louvor e, zãmar, que é associada à música tocada e cantada. No Novo Testamento a palavra grega eucharistein que significa agradecer é mais utilizada que a palavra eulogein "bendizer".Facilmente se percebe que a louvor está muito associado a oferta, aquilo que entregamos a Deus.Se cantamos, tocamos, dançamos, aplaudimos, estamos louvando. A Bíblia diz que toda a natureza louva a Deus. Pois demonstra o Seu poder, criatividade, soberania.Salmos 65:13 - Os campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se regozijam e cantam.Salmos 69:34 - Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move.Salmos 98:8 - Os rios batam as palmas; regozijem-se também as montanhas,Isaías 44:23 - Cantai alegres, vós, ó céus, porque o SENHOR o fez; exultai vós, as partes mais baixas da terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques, e todas as suas árvores; porque o SENHOR remiu a Jacó, e glorificou-se em Israel.O simples fato de existirmos já louva a Deus.Já a palavra hebraica para adoração é abhôdhâ e o grego latreia, ambos significam servir com temor reverente, admiração e respeito.Este vocábulo grego latreia origina palavras como idolatria: a qual vemos bastante por aí, sejam as romarias católicas ou as caravanas para assistir shows de rock, onde pessoas viajam quilômetros para ver seus ídolos, compram tudo o que tenha sua imagem, fazem de tudo para se identificarem com ele.Isso serve para nós pensarmos:A idolatria só produz a degradação e a diminuição da dignidade do adorador, mas estes se entregam de corpo e alma.A verdadeira adoração restaura o caráter do adorador, pois é para isso que fomos criados, para servir ao Deus verdadeiro ao qual fomos criados imagem e semelhança.Adorar a Deus é serví-lo com devoção, admiração, zelo, enfim é a intenção e a motivação, com que a oferta é feita.Face a tudo isto é perfeitamente possível que eu esteja louvando a Deus sem adorá-lo.O Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23). Na busca de Deus por adoradores, como Ele está se deparando diante de você?Deixe que Ele encontre em seu coração o espírito devoto e sincero de um verdadeiro adorador!


André Paganelli

Filha, Papai Te Ama!!!


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Músico do Reino de Deus

Gostaria de propor uma reflexão sincera e desarmada sobre o que temos chamado de Música, Louvor e Adoração. Poderíamos começar pela Música. Creio que a música é um talento vindo da parte de Deus, assim como qualquer outro talento, como: vendas, culinária, medicina, etc.
Porém, tenho observado um movimento de "espiritualização da música", indicando ser a música, um talento mais especial, mais espiritual, mais importante do que outros, e tudo reforçado pela citação de que está escrito na Bíblia que a música ocupa um momento e um lugar especial na congregação e nos céus. No caso, por algumas citações do livro dos Salmos e do Apocalipse.
É fato e verdade que há música no céu, no lugar da habitação de Deus, exatamente agora enquanto escrevo, ou enquanto você está lendo; e que o Espírito Santo declara, nas profecias do livro de Apocalipse, que haverá uma manifestação de música cantada diante do trono de Deus pela igreja que se apresenta diante de Deus.
Mas gostaria de refletir com você: Será essa música profetizada a nossa? A brasileira? Ou será a africana? Talvez a mais coerente será a americana ou, quem sabe, não será escolhida por nações, mas sim por estilos musicais, e então será o Jazz? O Rock? O Tango? O Reggae? Ou talvez o Canto Sacro? A música de Coral? Ou melhor, o Samba (haja visto o nível de alegria e de exultação mais coerente com o céu!)? Ou ao contrário, uma música mais reverente, a Erudita? Essa sim, mais apropriada com o ambiente espiritual do céu?!
Se assim fosse, amados irmãos, Deus "teria que ter" uma atitude nada discriminatória para com todas as nações, estilos musicais e líderes internacionais de louvor!
Será que é assim que temos crido e pregado? Será a nossa música decaída, humana e regional, o padrão de Deus para a Sua habitação e para os momentos profetizados do encontro da Noiva, nós a Sua igreja, com o Noivo Jesus Cristo?
Não será o Espírito Santo um pouco mais criativo, inspirador e poderoso para gerar e produzir em nós algo muito mais superior, verdadeiro, original, poderoso e próprio, do que o que temos produzido até então? Esses nossos padrões e modelos culturais, fruto direto da capacidade e inteligência humana, não podem adorar a Deus! Os acordes mais bem tocados não adoram a Deus mais do que os acordes tocados com mais simplicidade! A voz mais afinada, não adora a Deus mais do que a voz desafinada.
Se assim fosse, só os melhores músicos e cantores poderiam agradar e adorar a Deus! Qual será o som que Deus realmente ouve? Tenhamos a alegria, o descanso, a certeza e a esperança que, certamente, o verdadeiro som que sobe à presença de Deus é "o som" de uma vida reta, verdadeira, pura, fiel.
O som de uma vida dedicada e entregue somente a Deus, uma vida sem pecado, sem mentira, sem olhar adúltero ou impuro, fruto de uma mente renovada e limpa, cheia de amor, cheia de Jesus.
Quer estejamos tocando ou cantando, ou estejamos em silêncio, esse é som que Deus quer produzir em nós; essa é a música que sobe direto até Deus, sendo nós o "verdadeiro instrumento" que Deus pode "tocar" e fazer soar sobre a terra e até os céus, a partitura que Ele tem escrito para que seja executada através de nós, e em nós;
para que o mundo veja somente a Sua glória, a Sua formosura, o Seu sucesso e o resplendor da Sua Vida que foi dada à nós em Jesus, para que assim muitos cheguem ao arrependimento e à Vida Eterna, e se tornem assim, Seus filhos.

É assim que você tem sido um músico no Reino?

Que Deus nos abençoe.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A parábola da bola

Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:– A bola é grená, disse um.– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola. Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.– Você é cego?, ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico. Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade. Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola. A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo: – A bola é vermelha, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.De repente, alguém gritou: – Ei pessoal, onde está a bola? Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas. Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão. Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.

Ed René Kivitz