terça-feira, 1 de junho de 2010

Fifa quer impedir manifestações religiosas durante a Copa

Brasil é o alvo principal da entidade
Kaká não poderá usar a camisa em que diz que 'pertence a Jesus' Foto: Banco de imagens
Rio - Nem atentados terroristas, nem o barulho das vuvuzelas. A grande preocupação da Fifa para a Copa do Mundo é a manifestação religiosa de jogadores das seleções durante o torneio. A entidade pediu aos atletas moderação ao expressarem sua fé - um comunicado foi enviado às federações de cada país para tentar impedir que os jogadores comemorem gols e vitórias com mensagens do tipo.
E o Brasil é um dos maiores alvos da Fifa. Vale lembrar que a Seleção comemorou o título do Mundial de 2002 com uma grande roda de oração no centro do campo e repetiu o feito na conquista da Copa das Confederações em 2009. Alguns atletas procuram mostrar suas mensagens em camisas após o fim dos jogos.
O tema, porém, é delicado. Ao mesmo tempo que procura rechaçar as manifestações, a Fifa não quer passar a impressão de estar propondo um cerceamento religioso. Em reportagem publicada no jornal Estado de S. Paulo nesta terça, a assessoria de imprensa da entidade disse que cada seleção receberá a visita de um representante da Fifa para falar sobre temas relacionados com a Copa e o comportamento dos jogadores - a religião estará na pauta.
De acordo com o diretor de comunicação da Seleção, Rodrigo Paiva, os atletas brasileiras já foram avisados sobre o procedimento da Fifa.
"Fomos comunicados sobre essa questão e todos os jogadores foram alertados", disse ele, também ao Estado de S. Paulo. "Todos têm sido discretos na manifestação aqui dentro da concentração", completou Paiva, advertindo que é difícil controlar a espontaneidade dos jogadores na comemoração dentro de campo.
Entre as determinações da Fifa, está a proibição aos jogadores de levantar a camisa para mostrar mensagens religiosas escritas em camisetas usadas debaixo do uniforme. Faixas também não poderão ser levadas a campo, nem ser estendidas para comemorar gols ou vitórias nas partidas do Mundial. Por outro lado, a presença de padres ou pastores nas delegações estão liberadas, desde que eles não participem de atividades ligadas à Copa.
Na Copa de 2002, jogadores fizeram uma grande roda de oração para agradecer pelo pentacampeonato mundial.

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